Entenda o que é disfunção cognitiva pós-operatória no idoso
O envelhecimento é uma fase natural da vida de todo ser humano. Mas, com isso, podem surgir algumas dificuldades e complicações na saúde de uma forma geral. Esse é um dos motivos que idosos passam por mais procedimentos cirúrgicos. É nesse contexto que aparece a disfunção cognitiva pós-operatória. A condição é bem comum em idosos e precisa ser tratada o mais rápido possível para evitar maiores complicações. Pensando em ajudar, a Equipe Esperança e Vida trouxe mais informações sobre o assunto. No artigo, explicamos o que é a condição, quais são as causas e tratamento. Leia agora!
O que é disfunção cognitiva pós-operatória?
A disfunção cognitiva pós-operatória ou DCPO é caracterizada por alterações transitórias na função cognitiva após a realização de procedimentos cirúrgicos. O problema é mais comum em pacientes com mais de 60 anos de idade. Também é frequentemente chamada de “delirium pós-operatório” ou “confusão pós-operatória”. Essas mudanças temporárias na cognição podem variar em gravidade, indo desde sintomas sutis de confusão mental até estados mais acentuados de delirium.
A disfunção cognitiva pós-operatória possui algumas características específicas, como:
- início súbito: a DCPO é geralmente marcada por um início agudo, muitas vezes aparecendo nas primeiras 48 horas após a cirurgia, embora possa persistir por vários dias;
- confusão e desorientação: os idosos com disfunção cognitiva pós-operatória podem apresentar desorientação em relação ao tempo e ao espaço, dificuldade em se concentrar, falta de clareza mental e confusão;
- variações de comportamento: além da desorientação, os sintomas podem incluir agitação, ansiedade, inquietação, irritabilidade ou, em casos mais graves, letargia e apatia;
- alterações de percepção: algumas pessoas podem experimentar alucinações ou ilusões, vendo ou ouvindo coisas que não estão presentes;
- instabilidade emocional: as emoções podem oscilar rapidamente, e os pacientes podem passar de momentos de felicidade a períodos de intensa tristeza ou medo;
- impacto na funcionalidade: a disfunção cognitiva pós-operatória pode afetar a capacidade do paciente de participar das atividades diárias e dificultar o processo de recuperação pós-operatória.
Causas e tratamento
De uma forma geral, as causas da disfunção cognitiva pós-operatória não são totalmente compreendidas. Mas, sabemos que há diversos fatores que podem contribuir para o seu desenvolvimento e a idade avançada é o primeiro deles. Depois disso, procedimentos cirúrgicos extensos ou complexos, uso de anestesia geral, infecções, desequilíbrios eletrolíticos, uso de medicamentos e histórico de disfunção cognitiva prévia são fatores de risco específicos do paciente.
É essencial reconhecer a disfunção cognitiva pós-operatória precocemente para evitar que ela impacte negativamente na recuperação do paciente. Estratégias de prevenção, como a otimização dos cuidados pré e pós-operatórios, a minimização do uso de medicamentos sedativos e uma comunicação clara com a equipe médica, podem ajudar a reduzir a incidência desse distúrbio cognitivo.
O tratamento geralmente envolve identificar e tratar as causas subjacentes. Além disso, o apoio emocional e cognitivo ao idoso também é fundamental até que a função cognitiva seja restaurada. Em casos graves, intervenções farmacológicas podem ser consideradas.
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